quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

COMBINAÇÃO DE CERVEJA COM COMIDINHAS NATALINAS


Como não vislumbrei nada de novo no mercado de cervejas "natalinas" e eu já havia escrito sobre a cerveja do papai noel e outras brejas festeiras, resolvi  dar uma pincelada em um assunto que me atrai muito: COMIDA!
Cozinheiro do tipo "meia cuié" que sou confesso que esse mundo de cervejas especiais e comida é literalmente um prato cheio para gente como eu.

O termo harmonizar/harmonização de cervejas com pratos é uma cultura forte no meio dos que gostam de um bom vinho, e hoje esta em franca ascensão no meio dos cervejeiros matreiros. Mas como sou uma mistura de ogro com príncipe, torço o nariz para essas nomenclaturas, costumo usar o termo "combinar". Porque combina mais comigo sacou? Tipo eu sou daqueles que vai ao banheiro enquanto o harmonizadô vai ao "toalete" e outros exemplos mais. Pode ser mais chique, esse termos modernozos mas eu prefiro assim e como o blog é meu vamos do meu jeito! ;-) LOL! Sem apelar
Mas vamos ao que interessa: o rango de natal.
Esse post me fez ter muita saudade da minha avó (D. Lica) que adorava essa época. Ela simploriamente calculava 2,75Kg de comida para cada um e dividia em porções generosas os milagres culinários. Milagre sim! Como transformar um animal como um porco em uma delicia? Vovó Lica tinha esse poder.
Mas vamos que vamos, abaixo eu listei alguns pratos tradicionais com outros que eu tinham sempre na casa da vovó. É importante ressaltar que essa lista não é uma verdade irrefutável, você pode experimentar, ou simplesmente ler e não concordar, afinal gosto é igual braço, uns tem outros não tem!
A tentativa aqui na verdade é de sugerir o tipo de bebida que não anulasse os sabores dos pratos, antes pelo contrario, acentuasse os sabores das duas coisas. Coloquei o tipo de cerveja para combinar e o caboclo escolher a sua marca ou rotulo preferido "magavilha"??


Carne Suína Assada (pernil)
Munich Dunkel 
Belgian Dubbel 
Doppelbock 
Altbier 
Oktoberfest Märzen 
Bière de Garde

Frango Assado (chester)
Bière de Garde 
Munich Dunkel 
Traditional Bock 
Standard Bitter 
American Pale Ale 
American Amber Ale 
American Brown Ale 
Oktoberfest Märzen 
Belgian Dubbel 
Belgian Pale Ale 
Irish Red Ale

Peru Assado
Bière de Garde
Belgian Dubbel
Munich Dunkel
Oktoberfest Märzen
Amber Lager



Cordeiro Assado
Belgian Dubbel
Strong Scotch Ale
Belgian Dark Strong Ale
Old Ale
Bière de Garde




Salada (porque ninguém e de ferro)
German Weizen
Witbier
American Wheat Beer
Kölsch


Queria colocar outros pratos, mas escrever este post ta me dando muita fome e saudades da vovó. Existem cervejas que são sensacionais com sobremesas e como não sou muito chegado em doces, não posso opinar por isso vou colocar apenas dois exemplos:

Chocolates 
Sweet Stout
Russian Imperial Stout 
Porter 
Fruit Beer (Framboise ou Kriek)

Tiramisu 
Belgian Dark Strong Ale 
Fruit Beer 
Sweet Stout Porter


De um modo geral, siga as seguintes regras, afinal gosto é igual relógio cada um tem o seu:


  • Cervejas leves acompanham comidas leves, enquanto cervejas mais fortes, intensas e encorpadas harmonizam melhor com comidas mais pesadas e gordurosas
  • Pense em Ales como Vinho Tinto e Lagers como Vinho Branco. Como as Ales são fermentadas em temperaturas mais altas, normalmente são de aromas e sabores mais complexos. Lagers, por serem fermentadas em temperaturas mais baixas, são normalmente mais leves, com aromas e sabores mais suaves. Outro comparativo válido é pensar em cervejas de alto amargor como se fossem vinhos bem ácidos ou com bastante tanino.
  • Quanto mais escura a cerveja, mais escura deve ser a comida da harmonização. Cervejas escuras recebem essa cor dos maltes escuros, que normalmente têm um sabor mais tostado e algumas vezes mais adocicado, que combina bem com os mesmos sabores das comidas bem assadas ou grelhadas.
  • Quanto mais picante for a comida, mais lupulada e amarga deve ser a cerveja. O lúpulo consegue cortar bem o efeito das pimentas, permitindo que você consiga sentir melhor os sabores tanto do prato quanto da cerveja.
  • Deixe que a região seja seu guia. Cervejas e comidas originárias da mesma região quase sempre funcionam bem juntas.
  • É importante ter atenção especial à sequência em que são servidas as cervejas. Se você planeja servir cervejas de diferentes estilos, prefira começar com as mais leves, tanto em sabores quanto em álcool, evoluindo para cervejas mais complexas e encorpadas no final. O mesmo vale para cervejas secas e doces. Comece pelas secas. O objetivo é que os sabores mais intensos não atrapalhem ou sobreponham os sabores mais leves. Também evita que as pessoas sintam-se pesadas ou sonolentas logo no início da harmonização.

Capiche??

No mais eu desejo um feliz natal para todos aqueles que assustadoramente, leem o que eu escrevo!!

Fonte: brejas, minha mente doentia e o ócio.
Fotos: tudo reprodução, não tirei nenhuma e nem fui convidado para comer

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

TURMA DO BAR, DEGUSTADORES, CERVOCHATOS E OUTROS BICHOS


Outro dia ouvi que esta na moda ser "degustador de cerveja" e que do nada está aparecendo uma pá de nego entendido no assunto. A pauta era baseada numa reclamação de que alguns guerreiros tinham abandonado os bons costumes, de uma certa tribo, de encher a lata de AMBEV, INBEV e afins e se auto intitularam "degustadores" e passaram a torcer o nariz pros bons companheiros. Um clima de revolta estava no ar quais me fizeram philosofar. Realmente estão pipocando "degustadores" e "mestres cervejeiros" com suas panelas de fazer comida em creche pra tudo quanto é lado. Balança uma árvore e caem uns 3 barrigudos se mostrando entendido no assunto e cheio de philosifias e, o que é pior, firulas para tomar uma cerveja.
Estão esquecendo que para ter certos títulos tem que ralar muito, estudar muito e vivenciar todo o processo de produção exaustivamente prestando atenção, principalmente nos processos errados.
E isso não é acontece de um dia para outro. Leva tempo caboclo! Tem que buscar a informação e inteirar do assunto, fora da mesa de bar, em visitas, harmonizações, cursos específicos. Buscar o conhecimento nos locais certos é uma dica importante.
Informação errada tem por todo lado e principalmente no gogó de quem não se preocupa em verificar se a informação é certa ou errada. Essa semana por exemplo, no jornal do Super Nosso e Verdemar (duas grandes redes de supermercado de Belo Horizonte) soltou em sua tabela de preços de cerveja as seguintes as seguintes informações:

Um erro bizonho! A Quilmes jamais será Uruguaia e o rotulo tem escrito Argh-entina de todo tamanho e Harboe (arght!) é Dinamarquesa e não alemã como insiste o Verdermar.
Tinky Winky, sua época de fazer amigos bebendo leite acabou e é indiscutível o poder de socialização que uma mesa de bar tem, por isso é de bom tom estar afiado num papo comum a todos, onde todos falam, todos participam e todos riem. Por isso não combina dar uma de sabichão e dono da razão e acabar aborrecendo o próximo. Torcer o nariz para aquilo que você sempre fez não ta com nada. O mesmo direito que seu amigo(ou ex), tem de tomar Skol ou Bramha, tem você que quer tomar Paulaner por exemplo. Ficar apurrinhando a todos que não bebe aquela ou esta após você ter chegado a conclusão de que não é mais cerveja de verdade e você não suporta milho e blá blá blá, nem eu mereço! Muitos desses caras nunca viram ou participaram de uma brassagem de cerveja.
Se você quer apresentar novos sabores, cervejas e estilos, faça-o com calma e não como um pastor evangélico no centro da cidade. Se o cara não gosta filhão, sente-se do lado dele e curta uma outra cerveja enquanto ele bebe a AMBEVezinha dele.
Leve a cultura cervejeira de maneira leve e lembre-se que cada um tem seu cada qual. E se você quiser mesmo ser um beer somelier de verdade...VAI ESTUDAR CABEÇÃO! O SENAC oferece esse curso.
Vai fundo! Vale a pena e o mercado esta em expansão.

Para finalizar, uma piadinha pra contar na mesa do bar:


Carlão era um antigo funcionário de uma cervejaria no interior de São Paulo.
Ele era feliz no trabalho, embora seu sonho fosse ser degustador de cerveja, bebida que tanto adorava.
Certa vez, trabalhando no turno da noite, ele caiu dentro de um tonel de cerveja.
Pela manhã, o vigia deu a triste notícia:
- É com profundo sofrimento que informo que o Carlão se desequilibrou, caiu no
tonel de cerveja e infelizmente morreu afogado.
Um grande amigo de Carlão, com a voz muito triste pergunta:
- Meu Deus!!! Será que ele sofreu???
O vigia então responde:
- Acredito que não, porque segundo as imagens da câmera de segurança,
ele chegou a sair três vezes do tonel para mijar…

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

50 ESTADOS, 50 CERVEJAS


Alguém por favor me arruma uma de cada??
QUIÇÁ DUAS?

POW, NATAL TA AÊ E EU ME COMPORTEI

50 ESTADOS 50 CERVEJAS

THE UNITED STATES OF BEER: 
THE BEST BREW FROM EACH OF THE 50 STATES
Drink your way around the country with the finest craft suds from Alabama to Wyoming.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O ANIMAL SATISFEITO, DORME - Guimarães Rosa e minhas desculpas

O ANIMAL SATISFEITO, DORME.

Sim senhores! Nem precisa de dar uns goles de cerveja para sacar a obviedade dessa frase citada por Guimarães Rosa, o Guigui. Alguns pensam no "animal satisfeito" como sendo o seu cachorro de estimação ao invés de sacar que trata-se do proprietario do animal. Normalmente quando o o caboclo atinge a "zona de conforto", tende a cochilar e parar de crescer enquanto o animal insatisfeito jamais para de querer crescer, ele se movimenta, busca e corre atrás.

Surpreendentemente esse animal que vós escreve não dormiu! Com base nas informações que tinha, escrevi sobre cerveja sem álcool e que o conceito literal da cerveja impossibilita a existência de da bebida, como sendo cerveja 100% livre de álcool. 

Pois bem senhores, dou a minha mão a palmatória e confesso: Eu estava errado! Existe sim cerveja sem álcool por meio de processos tecnológicos modernos dantes inconcebíveis na sua cabecinha.


AH! A TAL TECNOLOGIA
Dr. Drauzio diz: Não pode pow!
É verdade que a cerveja sem álcool vendida no Brasil, por capricho da nossa legislação contém um residual de álcool devido ao processo de fabricação, que consiste fazer a cerveja e interromper o processo de fermentação logo no começo, deixando assim o álcool residual em torno de 0,5%. Difícil ficar bêbado com isso, mas para quem tem problemas de saúde tipo diabetes, pancreatite ou outras moléstias, pode sair machucado. Não sou médico apenas reproduzo o obvio que é se você não pode com álcool amigão, é porque não pode.

Então vamos lá: Durante o processo de fabricação da cerveja, ocorre a fermentação quando a levedura degrada a maltose do mosto e forma o álcool e o gás carbônico
Um detalhe: As cadeias açúcares mais longas, não são degradadas pela fermentação e por isso não podem ser transformados em álcool.

O TAL MOSTO
Entaunces o processo é manipulado para que o mosto cervejeiro apresente principalmente açúcares de cadeias longas (polissacarídeos) somada a uma temperatura bem baixa para que aconteça de forma bem lenta e o cervejeiro de plantão não bobeie no turno podendo interromper antes da fermentação alcançar o limite de 0,5% de álcool. Simples assim!
Ressaltando que as cervejas com até 0,5% de alcool, por lei aqui no Brasil, podem ser chamadas de cerveja "sem alccol", mas tem que ler aquelas letrinhas pequenininhas para saber.

Sacou?

E as 0,0% de álcool Bionicão, como são fabricadas?
NÃO SEI SE ESSE CARA É BELGA E
NEM PESQUISADOR, MAS SAIU
BEM NA FOTINHA
Serelepes pesquisadores Belgas descobriram porque a cerveja sem álcool, produzida a partir de fermentação interrompida, não agrada a todos: a cerveja sem álcool contém entre outras, a substância residual metional, que na elaboração de cerveja normal, é eliminada. 
Não é necessário pesquisadores belgas graduados, com mestrado e doutorado para para descobrir que a cerveja fica com gosto de _______________________ (preencha a lacuna) né? Qualquer um que prova esse treco saca, mas para descobrir o tal metional...so os cabeçudos

Esxistem varios processos de "desalcoolizar" a cerveja, mas o mais eficaz é o Spinning Cone Column (SCC), uma aplicação por vapor em uma coluna através de stripping. 

O sistema oferece uma série de benefícios importantes às cervejarias como:

- A qualidade da cerveja permanece intacta devido à redução do impacto térmico sobre o produto;
- Possibilidade de recuperação de aroma(os sabores são retirados e depois recolhidos em um condensado alcoólico, que pode ser dosado novamente na cerveja final);
- Redução do nível alcoólico até 0,05% (ABV) em apenas uma passagem, sem danificar o produto;
- Não há necessidade de se retirar o gás da cerveja antes da remoção do álcool;

A SCC consiste em uma coluna vertical que possui cones metálicos rotatórios e estacionários, dispostos alternadamente, com fluxos contra-corrente de gás e líquido, que colocam as duas fases em contato. O sistema funciona a vácuo, em temperaturas de 40º - 45ºC (104º - 113ºF). Uma película fina e turbulenta do líquido desce a coluna sobre a superfície superior de cada cone. O fluxo é induzido pelos efeitos alternados das forças centrífugas e gravitacionais. O gás (vapor) sobe a coluna, pelos espaços entre os cones. Aletas radiais nas superfícies inferiores dos cones rotativos garantem turbulência máxima nessa fase.


  Isso melhora a eficiência e produz um efeito de bombeamento na fase de vapor, que resulta na redução da queda de pressão ao longo da coluna. Isso é importante quando há remoção de álcool da cerveja, pois resulta em temperaturas consistentemente mais baixas no sistema e, conseqüentemente, reduz qualquer impacto térmico, que afeta a qualidade da cerveja.

Lindo né? Vamos aos números:

Entrada de cerveja:                                        5,5% abv - teor alcoólico
Saída de cerveja:                                           0,05% abv - teor alcoólico
Capacidade:                                                  ~ 20 hl/h
Vapor:                                                           360 kg/h (794 lbs/h)
Água de Resfriamento do Produto:                  12 kW (41.000 BTU/h)
Água de Resfriamento do Condensado:            232 kW (792.300 BTU/h)
Eletricidade instalada / operando:                    28/18 kW (37,5/24 HP)
Ar comprimido:                                              1m3/h (2.120 cfm)

Dependendo do método escolhido para a elaboração de cerveja sem álcool, podemos afetar em maior ou menor grau as suas características de qualidade.
Por isso a importância de optar pelo melhor processo, que signifique o melhor para o produto, com o menor custo operacional possível.

Por isso compre já seu Spinning Cone Column (SCC) e desalcoolize você mesmo sua cerveja predileta!

E para finalizar, continuo achando que não existe cerveja sem álcool porque o álcool é parte da receita, e bebida fermentada tem que ter álcool. Cerveja desalcoolizadas deveria ter outro nome.
Mas mesmo não concordando, nao bebendo esse treco e fazendo birra eu tenho que admitir que elas existem.

Fonte: Matthias Rembert Reinold
Mestre Cervejeiro Diplomado
fotos: reprodução 


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SOMOS LÍDERES - Cerveja de cachaça e outras resenhas




"Honramos o nome de Minas no cenário cervejeiro mundial..."

Estranho parece que eu já ouvi essa canção....


A cultura cervejeira e as #cervejadeverdade estão pipocando pelo país afora. Há uns 8 ou 10 anos atrás, dispúnhamos de 4 marcas dominantes de cervejas nas nossas prateleiras ou bares por ai afora. Hoje não, temos cervejeiros matreiros de barriga pró fazedores de cerveja pipocando por esse "Brazilzão de módeus" abastecendo prateleiras de supermercados e Brewbares por todo lado. Além dos importadores que estão deitando e rolando na bufunfa nos oferecendo cervejas gringas que outrora dantes nunca imaginaríamos que existissem.
Bares com cervejas gringas e artesanais em seus cardápios tem para tudo quanto é lado. 

Como mineiro bobo nasceu morto e no quesito "álcool" a escola de cachaça mineira nos deu um know how exclusivo na transfomação de açucares em álcool e no consumo. Viemos pelas beiradas, caladinhos até chegarmos ao topo em produção de cerveja artesanal. Essa fatia só não pode ser exportada para outros estados devido a tradição mineira de "se sobrar nóis vende" (sobra quase nada) que torna difícil a comercialização de nossos quitutes de cevada em outros estados. Belo Horizonte tem a maior concentração de bares por metro quadrado do país, cidade onde o lema "se não tem mar vamos pro bar" é repetido exaustivamente pela casas e ruas como se fosse um mantra, quase uma ladaínha. E abastecer essas casas meus amigos exige uma logística fenomenal.

O mineiro bebe, mas fabrica!



Eu sei que esse post esta muito bairrista e confesso que tem mesmo a intenção de ser porque sempre tive orgulho do jeito mineiro, seus costumes, culinária e mineirismo que são considerados "roçeiro" por alguns mas sempre queridinho por todos. Isso sem falar nas mineiras....ah! Essas são imbatíveis!

Como protetor dos bons costumes Mineiristícos informo que de fato estamos de olho nos 220 mil litros produzidos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e dos litros dos demais estados, que sabemos que produzem boas cervejas, com seriedade dentro do jeito certo de se produzir uma boa artesanal. Nós precisamos ter uma reserva estratégica UAI

O importante é fazer #cervejadeverdade com seriedade.


Esse resultado vem de muito trabalho duro e de atitudes como as dos camaradas da Cervejaria Vinil, Grimor e Jambreiro que fundaram a Inconfidentes - Cervejarias Conjuradas. Essas nano-micro cervejarias que  sozinhas já faziam um excelente trabalho, agora unidas vão poder colocar muitas novidades no mercado. Veja o video:



Essa notícia pode ser velha para alguns, mas não deixa de ser uma boa nova e com certeza um exemplo para quem biervangelizar aquele amigo que tem uma "AMBEV" como a melhor cerveja do mundo.


Gordon Strong - Presidente do
BJCP / Profissao 
difícil a dele.
Puxo o saco de Minas pois exite uma luta dos mineiros para criar um estilo Brasileiro de cerveja e conseguir colocar ela no BJCP (Beer Judge Certification Program) lugar onde os cabeções decidem se é cerveja ou não e a qual estilo pertence. E saca só cabloco, inventar um estilo requer um trabalho titanico! Convencer o levedo usado na fabricação da cachaça a converter os amidos do malte em álcool não foi fácil porque eles são muito sistemáticos.

Dos ingredientes para a cerveja, segundo a REINHEITSGEBOT – Lei da Pureza Alemã –, a maioria nós temos que importar para produzirmos. Mas não é apenas por uma questão econômica que estão querendo pegar o levedo da cachaça e jogar na cerveja, o grande lance é colocar o Brasil no mapa dos produtores de matéria-prima única no mundo.





A primeira cerveja produzida com esse fermento foi feita na cervejaria-escola Taberna do Vale, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com o nome de CarolWeiss, ela foi desenvolvida pelo cervejeiro Felipe Viegas e pelo farmacêutico José Eduardo Marinho. A ideia surgiu há dois anos, durante palestra de Rogélio Brandão, professor do Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e sócio da Cerlev, empresa que presta serviços na área de fermentação.
  
José Eduardo foi buscar o fermento no alambique do pai. Depois de isolar o levedo de outros microorganismos, eles ainda tiveram que reeducar o levedo com sucessivas gerações sendo cultivadas por dois meses em mosto de cerveja com nível cada vez menor de açúcar de cana.


FERMENTO - O SISTEMÁTICO
Após muito choro, beiçinho, drama, chantagem emocional o levedo resolveu fermentar naturalmente mosto formado só por malte, prova de que já está pronto para ser usado na fabricação de cerveja. Os resultados surpreenderam Felipe e José Eduardo: a cerveja ficou com teor alcoólico maior que o habitual – 5,5%; 0,2% a mais – e a fermentação, que demora cerca de seis horas para começar, teve início em duas horas. "Alguns levedos são neutros e fermentam bem vários estilos de cerveja, o que não foi o caso deste. Testei-o numa Pale Ale e não deu certo. Por enquanto, mostrou que trabalha bem em cervejas de trigo dos tipos clara e bock", explica Felipe. Na bock de trigo, a diferença na graduação de álcool foi ainda maior, 0,5% a mais.

Em termos de sabor, as cervejas de trigo que a dupla produziu apresentam características aromáticas semelhantes às que teriam se tivessem sido feitas com o levedo tradicional do estilo, mas com alguns toques diferentes. Na versão clara, o levedo de cachaça conferiu surpreendente nota de maçã, enquanto na bock houve predominância do aroma de ameixa seca sobre os de banana, passa e cravo – exatamente o contrário do que seria esperado no método habitual. São características que as tornam únicas no mapa-múndi cervejeiro.

Nós somos jecas, mas somos joínha!!










Fonte: Minha cabeça doentia e www.e-breja.com
Fotos: reprodução

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

CERVEJA OU SUCO DE MILHO?

Esse texto foi descaradamente chupinhado da Folha de São Paulo e postado aqui para degustação. Essa discussão sobre o teor de milho nas cervejas entre os confrades cervejeiros já foi exaustivamente debatida, eu já participei de várias. Até foi criado um estilo novo, chamado carinhosamente de BCB (Brazilian Corn Beer). Apesar de muitas marcar terem injustamente ficado de fora a informação contida nessa reportagem é bem interessante. 
Afirmo também que o uso do milho ou arroz nas cervejas de massa, não é exclusividade das cervejas Brasileiras. Tem muito neguinho pagando de gatinho bebendo Patricia, Nortenha, Bud, Miller pagando mais caro, por um dando manota.
É claro que o gosto de de cada um, e esse texto não mudara nada para alguns, mas vale a informação.

06/10/2012 - 05h00

Cerveja nacional tem muito milho, afirma pesquisa da USP

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"


Uma das análises químicas mais completas já feitas com marcas de cerveja do Brasil e do exterior dá peso a uma tendência que estudos menores já indicavam: as grandes marcas nacionais têm elevadas quantidades de milho em sua composição, embora a matéria-prima tradicional da bebida seja a cevada.

São os nomes mais conhecidos do público, como Antarctica, Brahma, Skol e Nova Schin (veja infográfico abaixo). A análise sugere que essas marcas estão no limite da porcentagem de milho como matéria-prima para cerveja que a legislação nacional determina (45%) ou podem até tê-lo ultrapassado.

As empresas produtoras questionaram a análise (leia texto abaixo). Por outro lado, o estudo indicou que algumas cervejas em pequena escala possuem o teor que se esperaria de uma bebida feita só com água, cevada e lúpulo, como reza a tradição alemã.
A pesquisa é assinada por cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da USP de Piracicaba, e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O grupo piracicabano, coordenado por Luiz Antonio Martinelli, já estudou cervejas antes, além de verificar a presença de álcool de cana no vinho nacional.
"Ninguém aqui está dizendo que a cerveja é pior por ter milho, aliás eu nem bebo cerveja, só vinho", diz Martinelli. Ele ressalta também que o trabalho tem margens de erro e que o propósito não foi denunciar que certas marcas não seguem a lei.

"A diferença de composição é muito pequena [no caso das que parecem ter muito milho]", diz a bióloga Sílvia Mardegan, orientanda de Martinelli e autora principal do estudo, que sairá na revista científica "Journal of Food Composition and Analysis".
Além disso, ela lembra que só uma unidade de cada marca foi estudada, e que existem variações por lote e por região do país. Por outro lado, a variedade de marcas (77, sendo 49 nacionais e 28 importadas) ajuda a dar um panorama amplo do mercado

BALANÇA DE ÁTOMOS
Em essência, o método da USP de Piracicaba é uma balança de átomos. Isso porque os átomos de carbono que os seres vivos usam em seu organismo existem em dois "pesos" principais, o carbono-12 e o carbono-13 (o segundo um pouco mais "gordo").
As plantas incorporam carbono o tempo todo em seu organismo durante a fotossíntese. Só que algumas têm um "paladar" diferenciado. São, por exemplo, as gramíneas tropicais, como o milho e a cana, que "preferem" uma proporção relativamente maior de carbono-13.
É essa assinatura que os cientistas usam para diferenciá-las de plantas como a cevada ou a uva, que têm menos apreço pelo carbono-13.
Os pesquisadores estabeleceram qual era o "perfil de carbono" da cevada e o do milho e fizeram a mesma análise na cerveja. Se a proporção das variantes do elemento químico na cerveja era intermediário, o veredicto só podia ser um: mistura.
O método tem algumas limitações. Teria mais dificuldade de flagrar o uso de arroz na cerveja, já que o perfil de carbono do arroz é semelhante ao da cevada.
Sady Homrich, especialista em cerveja e colunista do caderno "Comida", da Folha, diz que o consenso entre cervejeiros é que diminuir o teor de cevada acaba afetando a qualidade da bebida.
"A boa cerveja é a de puro malte de cevada, porque você pode explorar variações de sabor e aroma vindas da secagem e da torrefação da cevada", afirma Homrich.
Apesar do argumento de que o milho deixaria a cerveja mais leve, Homrich diz que a grande preocupação da indústria é diminuir o custo.

OUTRO LADO
Em comunicados, os fabricantes de cervejas com alto teor de milho apontado pela pesquisa defenderam a qualidade de seus produtos.
A Ambev, fabricante das marcas Caracu, Antarctica, Brahma, Bohemia e Skol, afirmou que "controlar a quantidade de malte de cevada é necessário para obter cerveja com características adaptadas ao paladar do consumidor brasileiro: leve, refrescante e de corpo suave".
"A indústria brasileira de cerveja possui tradição de mais de cem anos e tem orgulho de produzir bebidas de altíssima qualidade. A Ambev leva aos seus milhões de consumidores receitas seculares produzidas com os melhores insumos disponíveis em todo o mundo", continua o comunicado oficial.
A empresa disse ainda que seus produtos seguem à risca as determinações do Ministério da Agricultura e que está investindo na produção nacional de cevada e em quatro maltarias próprias.
Já a Schincariol, que produz a Nova Schin e a Glacial, diz que "respeita as iniciativas de pesquisas realizadas pela USP, mas ressalta que a metodologia utilizada no mencionado estudo não é a determinada pelo Ministério da Agricultura".
A empresa afirma que "está à disposição dos pesquisadores responsáveis pelo estudo para esclarecer possíveis dúvidas sobre seus produtos ou processos".
"É um trabalho interessante, mas discordamos dos resultados", disse à Folha Humberto de Lazari, gerente corporativo industrial do Grupo Petrópolis, das cervejas Itaipava e Crystal.
Ele afirmou que as imprecisões técnicas da pesquisa seriam discutidas de forma mais apropriada "num fórum técnico", mas ressaltou que a empresa usa menos do que os 45% de produtos não derivados de cevada em suas bebidas --disse não poder revelar a proporção exata.
A legislação não exige que as empresas declarem nos rótulos a composição exata das cervejas que produzem.
Lazari questionou a afirmação do estudo de que o milho aceleraria o processo de produção, cortando custos.
A Heineken, hoje responsável pela Kaiser, declarou em comunicado que "já possuía conhecimento da publicação, mas não encontrou relevância no artigo, pois a análise científica possui diversas inconsistências".
"Entre os vários equívocos da publicação, destacam-se os erros explícitos de amostragem estatística e o fato de o cientista não ter considerado o isótopo de nitrogênio. Com isso, como o próprio trabalho da USP reconhece, a utilização de arroz poderia influenciar nos números."
Martinelli, da USP, diz estar aberto a conversar com as empresas, mas afirmou confiar em sua metodologia.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

É NÓIS UAI!!

Como se sabe não pode sair por aí afora fazendo Oktoberfest sem as devidas autorizações, tramites buRRocraticos, além de taxas sobre taxas e mais taxas fora os acordos leoninos com determinadas cervejarias e tals. Oktoberfest só tem autorização para acontecer no Brasil, no Sul e agora em São Paulo que tem a autorização, mas não realizou tal evento.

Mas como mineiro bobo nasceu morto, fomos que fumos e que fomos comendo pelas beiradas até bolamos o nosso próprio evento de garbo e elegancia:



Os "alemãos" tem cerveja, "salsichon", batata e pretzel e nóis vamo de cerveja, linguiça, pão de queijo e torresmo. Porque não somos besta sô! Pretzel? Se o nome é feio, imagina do gosto desse treco? Mó biscoito engasga lobo que nem cabrito come.
Ranquei de quinta desse trem!


PRETZEL X TORRESMO
Por isso galera, vem pra Minas você tbm! Nova Lima é tipo um bairro de Belo Horizonte (Novalimenses vão querer me matar), mas com time e estadio de futebol próprio! Um luxo de cidade. Dizem na Bahia que na Uaiktoberfest só não vai quem já morreu!

Segue toda a programação do evento, incluindo os endereços dos vários resorts, pousadas, palafitas para voce ficar hospedado além do intineral dos ônibus  Vai ser show!! Clique aqui para maiores informações. Vai ter show, cerveja, vai ter festa, vai ter dança, vai ter sacolejo de poupança! Clica la no "aqui" para você ver a programação!

A ENTRADA É DE GRATIS!!!!





sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Labareda, a cerveja que é uma brasa mora?

Como eu estou ficando velho, lançarei mão das velhas e boas gírias das antigas para falar dessa pequena criança que esse cervejeiro matreiro de barriguinha pró desgustou.





Essa não é para os fracos não, uma cerveja explosiva, marcante e bem intensa. Promete tudo o que anuncia no rotulo menos, ainda bem, a aparição do guitarrista do rotulo enlouquecido no meio de chamas na sua frente. Curuz-credo, ia ser coisa do pata rachada!!



Degustei essa cerveja do jeito certo na temperatura certa e fazendo o que é certo: Ouvindo um bom rock'in roll, com um belisquete xuxu beleza.
Confesso que essa cerveja ficou meio que jogada na minha geladeira por uns tempos até que resolvi sacrifica-la num ritual com linguiça calabresa caramelizada na sidra + pimenta e um bom e ótimo show do Motorhead com Phil Campell na guitara vestido nada mais nada menos do que a camisa do Clube Atlético Mineiro, o maior das Gerais, para nossa alegria. Chupinha o show aqui
Sim senhores uma harmonização perfeita!



Essa cerveja é realmente apimentada e os paladares mais sensíveis não agradarão de tal iguaria. Malagueta no gosto e no retrogosto sem deixar de perder a elegância do que na minha insignificante opinião toda cerveja tem que ter: O LUPULO!

A combinação do lupulo e da pimenta calabresa combinou tanto quanto "dedo no nariz". Clássico.

O Lenny quis sair do show e beber comigo, estou falando sério.

Cerveja sim meu, para se beber com sabedoria como manda o rotulo. Uma cerveja bela de rotulo, corpo, espuma e sabor. Incrível que apesar dos ingredientes, dos 30 IBU essa danada consegue ser refrescante. Eita!

Parabéns aos camaradas da Cervejaria Coruja e eu solicito a vocês que façam ninho em Belo Horizonte. Me coloco até à disposição para ser o experimentador dos lotes ou qualquer outro trabalho!

A todos, um brinde!
Se for beber, me chame.
Não recomendo aos camaradas do outro lado da lagoa da pampulha...

Abaixo a receita da Linguiça Caramelizada na sidra
Fácil para xuxu de fazer bionicão!


Ingredientes:
- 2 pacotes de linguiça fininha defumada (cada pacote tem 240g);
- 1 garrafa de Sidra (aquela bem chulé, que só compramos no fim de ano);
- Pimenta calabresa à gosto (opcional);
- 2 colheres de sopa de Aceto Balsâmico (opcional).

Modo de Preparar:
- Corte a linguiça, coloque em uma panela e cubra com a Sidra (vai quase a garrafa toda);
- Junte a pimenta e deixe em fogo alto, não precisa mexer por enquanto;
- Quando estiver secando o líquido, vá mexendo sem parar até ficar bem caramelizada;
- Nesse ponto se quiser, pode acrescentar o Aceto Balsâmico, pra dar uma pegada "agri-doce";

- Trê facê de se Fazer!



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mundo Estranho informação estranha

O pior do que a falta da informação é justamente a informação dada de maneira errada. Como não fui quem viu a reportagem a tempo de poder comentar, segue as observaões pelo sapiente confrade cervejeiro da Homini Lupulo publicou no seu site.

Foi publicada um infográfico bem ilustrado e lúdico, mas cheio informações tortas ou que eu considero no minimo mal editadas. A Abril cita as fontes que me levam a crer que vieram de um mundo estranho.
Vamos as observações do nosso amigo qual assino embaixo.



Para ver a imagem ampliada, clique aqui.

Erro 1: De cara, temos a explicação sobre os ingredientes básicos, a Lei de Pureza e que isto é respeitado na Alemanha e na Bélgica. Os belgas não tem qualquer compromisso com o uso de malte, água e lúpulo, apenas. O uso de açúcar é muito comum, bem como especiarias, frutas e afins. Lei de Pureza é uma preocupação da cultura cervejeira alemã, apenas.

Erro 2: o arroz não é ingrediente básico de nenhuma cerveja. Ele é utilizado como fonte de carboidrato mais barata em cervejas comerciais, em larga escala. Porém, toda cerveja tem como base o malte, que pode ser de cevada, trigo e centeio.

Erro 3: no item 2, sobre a brassagem, é falado que esta dura cerca de 5 horas. Não é verdade, e está longe disso. A brassagem de uma cerveja leve, como uma pale ale, por exemplo, dura em torno de uma hora. As mais longas podem chegar a duas horas.

Erro 4: ainda no item 2, o que seriam os demais ingredientes da cerveja que seriam adicionados ao fim da brassagem? A curiosidade chegou a índices altíssimos!! Bem, após a brassagem, o mosto filtrado, sem o grão, é fervido, estapa que não é citada no gráfico. Nesta etapa é adicionado o lúpulo.

Erro 5: no item 3 fala que todas as fermentações acontecem em até 5 dias. O tempo de fermentação vai depender de vários fatores. Em alguns casos, pode passar de 10 dias, dependendo principalmente da densidade do mosto a ser fermentável.

Erro 6: no item 4 fala em maturação a 0 graus. Lagers maturam a esta temperatura, ou um pouco acima. Mas as ales podem entrar em maturação abaixo dos 10 graus. Assim, generalizando, as cervejas maturam entre 10 e 0 graus.

Erro 7: Agora, quando chegou na parte do “faça o seu pedido” o negócio ficou tenso. Vamos aos primeiro erro grosseiro: lá diz que lagers são cervejas de baixa fermentação e graduação alcoólica. Não existe nenhuma relação entre as coisas. O que determina o teor alcóolico é a quantidade de açúcar fermentável, que vira álcool e CO2 durante a fermentação. Existem estilos de lager, como doppelbock, que passam facilmente dos 8% de teor alcoólico, entre outros. Bem como ales de baixo teor alcoólico.

Erro 8: nada no estilo ale determina que a cerveja seja mais doce, como diz o texto. Tampouco, que elas são mais encorpadas. Este tipo de características depende de outros insumos e processos que não apenas o tipo de fermentação. As cervejas mais amargas são do tipo ale, como as bitters e IPAs.

Erro 9: ainda no estilo Ale. A Alemanha é uma tradicional produtora de lagers, e não de ales como foi dito, tendo basicamente apenas as cervejas de trigo na categoria de ale. Na Bélgica e na Irlanda, bem como em todo o Reino Unido, as ales são muito populares.

Erro 10: não há nada que determine que as cervejas lambic são feitas com trigo. Algumas são, outras não.

Eu até queria acrescentar algumas observações, mas confesso que fiquei "aflito" para publicar isso tudo, porque a Abril tem muito mais circulação do que meu blog e eu me senti na obrigação de repassar.
Claro que tudo o que foi observado, não é merito meu mas do grande escrevedor Bernardo Graça Couto,(sou mais bonito que ele) um expert e fã, como eu, do assunto e da cultura cervejeira.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MELHOR LOCAL DO MUNDO PARA SE ENCHER A LATA

MEU FUTURO POINT - HANOI
Apesar de ser defensor dos movimentos "Slow Bier" e "Beba Menos mas Beba melhor" seria hipocrisia da minha parte torcer o nariz para os famosos "copos sujos" da vida, onde a turma se reune para tomar umas, digamos "umas a mais de com força". Aquele barzinho perto da sua casa, aonde vc vai de bermuda e chinelos e as únicas coisas que importam são: cerveja gelada e tira gosto "da hora".
Local onde vendem-se praticamente combos de mandioca&linguiça, carne de panela&batata cozida além da mineiridade do torresmo e uma cachacinha. Uh tererê meus caros!!
VISTA PARCIAL DO BAR DO MOITA
Todo mundo que que gosta de cerveja, seja de massa, especial, artesanal ou importada, frequenta ou frequentou um desses famigeráveis adoráveis botecos onde uns encontraram seu lugar, enquanto outros, como eu, resolveram alçar outros voôs. Mas nao se iluda meu caro Padawan, vira e mexe eu volto às origens. Às "veizs" no Bar do Moita, outras no Bar do Tatá e raramente no Bar do Bosco. Mas é certo, minha boca enche d'agua com aquelas estufas com carne de panela, rabada, bolinho de mandioca e afins. Por isso sempre circulo por esses ambientes a fim de experimentar as novidades gastronômicas e beber uma Serra Malte ou Brahma.

Esses bares ditos "copo sujo" são locais sem muita sofisticação e por isso apresentam um cardápio, geralmente do tamanho de uma folha A4, de baixo custo para o bebum moderado ou não. Tem no mundo inteiro.

Resumindo, o melhor bar para se tomar um porre tem que tocar seu coraçãozinho, vc acaba não escolhendo, ele que te escolhe. E basicamente possui uns camaradas que te ajudam(fila sua breja e você as deles), tira-gosto farto e cerveja gelada. Simples assim, pura democracia.

Meu coração atualmente esta voltado para um Bar copo sujo em Hanoi. Exato pequena criança, Hanoi no Vietnã. Aquele país que fica perto da Australia no jogo WAR. Descobri uns botecos lá da hora onde tudo no cardápio custa menos de UM REAL. Uma das melhores cervejas de lá, a BIA HÀ NOI custa dois mil e quinhentos Dongues (o dinheiro vietnamita) o que vale reles 24 CENTAVOS de real (cotação de 12/09/2012 - fonte Banco Central Brasil). Se achou caro, tem uma variação falsificada dela, a Bia Hoi a 20 centavos o litro onde os locais recomendam você levar seu próprio vasilhame.
DONGUE
Imagina você a beira do rio Sông Hông na avenida Duong Ven Sông tomando uma Bia Hà Noi com uma bela porção de cachorro a passarinho? 
Um luxo meus camaradas

Fala sério, quem não anima dar um pulo em Hanoi? Pow a cidade é historica, foi lá que os Sargentos Bob Baners e Elias Grodin passaram os maiores perrengues durante Platoon!!

Bora lá!!
Vamos viajar de VietJetAir!
AEROMOÇAS DA VIETJETAIR

ADENDO:
Para quem não sabe o que é o tal movimento Slow Bier, segue abaixo:
By Marco Falcone


No dia 25 de abril de 2009 foi lançado o movimento Slow Bier Brasil, com princípios similares ao Slow Food, com o intuito de valorizar a produção de cervejas de qualidade, bem produzidas, utilizando matérias primas nobres, boas práticas de fabricação, além de conceitos como fair trade (comércio justo), sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Preocupação com o consumo responsável, com cordialidade e convivialidade, com o prazer gastronômico que a cerveja pode proporcionar. Mas, além disto, o movimento se preocupa também com a forma de viabilizar isto, já que é muito mais dispendioso alcançar todos estes requisitos do que produzir em escala industrial, abolindo todas estas preocupações.
O Slow Bier Brasil quer mostrar as vantagens destas práticas que irradiam cultura cervejeira, mas tem que abordar também os desafios e dificuldades, que vão, desde a desproporcionalidade do poderio econômico com relação às mega indústrias até aos percalços da regulamentação, burocracia e tributação.
Desde sua criação o Slow Bier Brasil, que tem como símbolo um bicho preguiça (diferente do Slow Food, que utiliza um caramujo), tem procurado se manifestar e obter adesões em eventos pontuais, como no último ano no Festival Slow Film de Pirenópolis/GO, entre outros.
No lançamento, em 2009, foi feita uma vídeo conferência no bar Frei Tuck Slow Beer, em Belo Horizonte (que já não existe mais), com o movimento correspondente na Alemanha, e que iniciou o conceito, brindando também com Porto Alegre (Leo Sewald e Caroline Bender representando a Acerva Gaúcha) e Campinas (David Figueira e Maurício Beltramelli – Acerva Paulista), além dos cervejeiros da Acerva Mineira, Acerva Carioca, CONFECE (Confraria Feminina da Cerveja de Belo Horizonte) e FEMALE (Confraria Feminina da Cerveja do Rio de Janeiro), estes todos presentes in loco.
Pedimos a adesão de todos na data de hoje, quando estaremos levantando novamente a bandeira do movimento no Extramalte, do cervejeiro Sady Homrich, no Studio Clio, às 20 horas desta segunda-feira.
Um abraço a todos e Pão e Cerveja.
Marco Falcone