quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SOMOS LÍDERES - Cerveja de cachaça e outras resenhas




"Honramos o nome de Minas no cenário cervejeiro mundial..."

Estranho parece que eu já ouvi essa canção....


A cultura cervejeira e as #cervejadeverdade estão pipocando pelo país afora. Há uns 8 ou 10 anos atrás, dispúnhamos de 4 marcas dominantes de cervejas nas nossas prateleiras ou bares por ai afora. Hoje não, temos cervejeiros matreiros de barriga pró fazedores de cerveja pipocando por esse "Brazilzão de módeus" abastecendo prateleiras de supermercados e Brewbares por todo lado. Além dos importadores que estão deitando e rolando na bufunfa nos oferecendo cervejas gringas que outrora dantes nunca imaginaríamos que existissem.
Bares com cervejas gringas e artesanais em seus cardápios tem para tudo quanto é lado. 

Como mineiro bobo nasceu morto e no quesito "álcool" a escola de cachaça mineira nos deu um know how exclusivo na transfomação de açucares em álcool e no consumo. Viemos pelas beiradas, caladinhos até chegarmos ao topo em produção de cerveja artesanal. Essa fatia só não pode ser exportada para outros estados devido a tradição mineira de "se sobrar nóis vende" (sobra quase nada) que torna difícil a comercialização de nossos quitutes de cevada em outros estados. Belo Horizonte tem a maior concentração de bares por metro quadrado do país, cidade onde o lema "se não tem mar vamos pro bar" é repetido exaustivamente pela casas e ruas como se fosse um mantra, quase uma ladaínha. E abastecer essas casas meus amigos exige uma logística fenomenal.

O mineiro bebe, mas fabrica!



Eu sei que esse post esta muito bairrista e confesso que tem mesmo a intenção de ser porque sempre tive orgulho do jeito mineiro, seus costumes, culinária e mineirismo que são considerados "roçeiro" por alguns mas sempre queridinho por todos. Isso sem falar nas mineiras....ah! Essas são imbatíveis!

Como protetor dos bons costumes Mineiristícos informo que de fato estamos de olho nos 220 mil litros produzidos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e dos litros dos demais estados, que sabemos que produzem boas cervejas, com seriedade dentro do jeito certo de se produzir uma boa artesanal. Nós precisamos ter uma reserva estratégica UAI

O importante é fazer #cervejadeverdade com seriedade.


Esse resultado vem de muito trabalho duro e de atitudes como as dos camaradas da Cervejaria Vinil, Grimor e Jambreiro que fundaram a Inconfidentes - Cervejarias Conjuradas. Essas nano-micro cervejarias que  sozinhas já faziam um excelente trabalho, agora unidas vão poder colocar muitas novidades no mercado. Veja o video:



Essa notícia pode ser velha para alguns, mas não deixa de ser uma boa nova e com certeza um exemplo para quem biervangelizar aquele amigo que tem uma "AMBEV" como a melhor cerveja do mundo.


Gordon Strong - Presidente do
BJCP / Profissao 
difícil a dele.
Puxo o saco de Minas pois exite uma luta dos mineiros para criar um estilo Brasileiro de cerveja e conseguir colocar ela no BJCP (Beer Judge Certification Program) lugar onde os cabeções decidem se é cerveja ou não e a qual estilo pertence. E saca só cabloco, inventar um estilo requer um trabalho titanico! Convencer o levedo usado na fabricação da cachaça a converter os amidos do malte em álcool não foi fácil porque eles são muito sistemáticos.

Dos ingredientes para a cerveja, segundo a REINHEITSGEBOT – Lei da Pureza Alemã –, a maioria nós temos que importar para produzirmos. Mas não é apenas por uma questão econômica que estão querendo pegar o levedo da cachaça e jogar na cerveja, o grande lance é colocar o Brasil no mapa dos produtores de matéria-prima única no mundo.





A primeira cerveja produzida com esse fermento foi feita na cervejaria-escola Taberna do Vale, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com o nome de CarolWeiss, ela foi desenvolvida pelo cervejeiro Felipe Viegas e pelo farmacêutico José Eduardo Marinho. A ideia surgiu há dois anos, durante palestra de Rogélio Brandão, professor do Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e sócio da Cerlev, empresa que presta serviços na área de fermentação.
  
José Eduardo foi buscar o fermento no alambique do pai. Depois de isolar o levedo de outros microorganismos, eles ainda tiveram que reeducar o levedo com sucessivas gerações sendo cultivadas por dois meses em mosto de cerveja com nível cada vez menor de açúcar de cana.


FERMENTO - O SISTEMÁTICO
Após muito choro, beiçinho, drama, chantagem emocional o levedo resolveu fermentar naturalmente mosto formado só por malte, prova de que já está pronto para ser usado na fabricação de cerveja. Os resultados surpreenderam Felipe e José Eduardo: a cerveja ficou com teor alcoólico maior que o habitual – 5,5%; 0,2% a mais – e a fermentação, que demora cerca de seis horas para começar, teve início em duas horas. "Alguns levedos são neutros e fermentam bem vários estilos de cerveja, o que não foi o caso deste. Testei-o numa Pale Ale e não deu certo. Por enquanto, mostrou que trabalha bem em cervejas de trigo dos tipos clara e bock", explica Felipe. Na bock de trigo, a diferença na graduação de álcool foi ainda maior, 0,5% a mais.

Em termos de sabor, as cervejas de trigo que a dupla produziu apresentam características aromáticas semelhantes às que teriam se tivessem sido feitas com o levedo tradicional do estilo, mas com alguns toques diferentes. Na versão clara, o levedo de cachaça conferiu surpreendente nota de maçã, enquanto na bock houve predominância do aroma de ameixa seca sobre os de banana, passa e cravo – exatamente o contrário do que seria esperado no método habitual. São características que as tornam únicas no mapa-múndi cervejeiro.

Nós somos jecas, mas somos joínha!!










Fonte: Minha cabeça doentia e www.e-breja.com
Fotos: reprodução